São Paulo, 09 de dezembro de 2011.
“O processo é lento e o desapego do resultado é importante” (BNegão)
Olá! Car@s companheir@s,
A REJUMA – Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade é uma rede de jovens
ativistas presente em todo território brasileiro. Desde a sua criação, em 2003, tem atuado para
ampliar a articulação das juventudes com uma perspectiva crítica em relação ao modelo de
desenvolvimento hegemônico e suas diversas crises. Colabora com lutas sociais, propõe, fomenta e acompanha políticas públicas socioambientais e de juventudes em todo território nacional.
Podemos dizer que a crise ambiental na qual o planeta se encontra e a qual vivenciamos local e globalmente todos os dias pode ser caracterizada fundamentalmente como uma crise geracional, já que meio ambiente é um bem comum e a exploração indevida da natureza por parte de uma geração de humanos e humanas afeta diretamente as condições das gerações seguintes e atuais de viverem com dignidade. Isto torna a questão socioambiental inerente ao campo de atuação das juventudes.
É também a razão pela qual a geração de jovens contemporâneos está sendo desafiada a
estabelecer-se culturalmente numa sociedade em que os direitos individuais e coletivos, incluindo os elementos fundamentais a vida como a terra, a água, a comunicação, o conhecimento, a educação, a cultura estão sujeitos a liberdades privadas de megacorporações.
Homogeneização cultural, acumulação de capital de um lado e injustiça social de outro, privatização da água, mercantilização da natureza, desmatamentos, repressão, autoritarismos
maquiados, falência do sistema político econômico, fortalecimento dos fluxos financeiros globais, enfraquecimento das economias locais, esgotamento dos estoques pesqueiros, produção alimentícia e concentração de renda baseada na acumulação de terras e uso intensivo de venenos (agrotóxicos), transgenia, contaminação química, são alguns dos muitos problemas que compõem a crise planetária e o neoliberalismo vigente e que enfrentamos por obrigação e necessidade.
Repudiamos tudo isso, queremos mais que leis! Somos contra o Neoliberalismo e contra qualquer tipo de agressão e opressão aos povos!
E como forma de contribuir com a luta em defesa dos direitos das pessoas, dos movimentos
populares e não das grandes corporações, decidimos contribuir com a mobilização e qualificação do processo de participação política das juventudes do estado de São Paulo na Cúpula dos Povos para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que acontecerá durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD 2012) no Rio de Janeiro em junho de 2012.
O II EPAJUMA renasce pelo fim deste mundo como ele é, favorecendo a gestação de um novo mundo, no qual os princípios éticos tenham por base a justiça social e ambiental, o fortalecimento dos movimentos sociais e dos processos de participação e controle social, pelo equilíbrio ecológico e a legitimação das soberanias locais e identitárias nos processos de tomada de decisão. Pelo respeito a Gaia.
E é por isto que o EPAJUMA 2012 está proposto como um processo que visa:
• Fortalecer o debate socioambiental de juventudes na sociedade brasileira;
• Promover discussões em torno do processo de Desenvolvimento no estado de São Paulo;
• Intensificar a interação entre os jovens atuantes com as questões socioambientais no
estado de São Paulo;
• Levar as perspectivas socioambientais a movimentos sociais e populares, sociedade civil organizada, ou não, que já têm e que não têm, o recorte de juventude;
• Estabelecer pontos de convergência e de prioridades entre os grupos de juventude do estado de São Paulo no contexto das questões ambientais;
• Qualificar a participação da juventude Paulista na conferência da ONU Rio+20.
Com esta motivação convidamos pessoas e coletivos para conhecerem e se envolverem com o II Encontro Paulista de Juventudes e Meio Ambiente - EPAJUMA 2012, posto como um instrumento e uma oportunidade de construção coletiva com os movimentos sociais, organizações populares, sociedade civil organizada e jovens ativistas para o fortalecimento da atuação das juventudes na superação deste modelo de desenvolvimento hegemônico.
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